
Resenha 🌷
446 páginas // Editora Arqueiro
Olá leitores, hoje trago a resenha do livro A PRISIONEIRA DO TEMPO, sendo lido pela colaboradora, Kelly e que recebi em parceria com a Editora Arqueiro.
A história se passa no verão de 1862, num condado perto de Londres numa propriedade à beira do Tâmisa.
Um grupo de jovens artistas resolve passar a temporada nesse lugar, Bichwood Manor, uma encantadora propriedade cercada de lendas locais.
Mas o inesperado ocorre: ao final do verão uma das jovens do grupo está morta e outra desaparecida e ainda, uma herança de família está perdida.
Um século e meio depois, Elodie, uma arquivista, tem em suas mãos uma pasta de couro com um caderno de desenho cheio de esboços de uma propriedade charmosa e encantadora, que por algum motivo lhe é bem familiar e por conta disso, sai à procura de elucidações a cerca dos objetos e vai descobrindo passo a passo o que ocorreu naquele fatídico verão.
🌷Amigoooooos! Que leitura! E que final!
Temos aqui um livro com vários narradores que vem contando um tanto de suas próprias histórias, sempre interligadas com os fatos que ocorreram no verão de 1862, sendo o nosso ponto de partida.
Em cada narrativa, em cada personagem, podemos perceber uma história diferente, mas sempre com o mistério acontecido em Bichwood Manor como norte.
É isso que vai dar o tom ao livro.
Mas lembrem-se: estamos falando de Kate Morton. Daí você, leitor desavisado, deve concluir que para chegar ao final, você terá que dar mil voltas no laguinho! E não vai ser fácil 😅.
É isso mesmo. O estilo da Kate Morton, apesar de se muito elegante e descritivo, te leva à exasperação em certos momentos, questionando inclusive, a sua capacidade interpretativa (não se assuste, ela sempre faz isso com o leitor) e aqui não foi diferente.
As várias vozes narrativas criam certa confusão, que confesso, me deixaram um pouco perdida.
Em vários capítulos eu não identifiquei logo quem era o narrador e o que ele tinha a ver com todo o enredo.
Mas volto a repetir: é a dona Kate que tá te contando uma história.
Desse modo, nesse livro vocês terão contato com uma gama imensa de assuntos diversos e personagens diferentes…, mas sempre tenha como norte o verão de 1862. Foi lá que tudo começou e foi lá que ficou demonstrado como o amor verdadeiro é passível de inveja mortal.
Sim! Para mim, depois dessas quatrocentas e cacetada de páginas, o que me saltou aos olhos foi a frieza com que a inveja guia a inocência.
No mais, somos brindados com histórias individuais lindas, mostrando um pouco de cada sentimento humano, que caminham paralelamente ao ano de 1862.
Destaque para a narradora inicial (que você vai descobrir quem é) que se torna sua amiga no final das contas.
Ponto negativo para a descrição da joia da herança. Qualquer semelhança com aquele filme badalado do final da década de 90, para mim, não foi coincidênciaj.
No fim, recomendo muito o livro.